Arte mediúnica: para além da estética

 
Muitas vezes, ao  entrar em contato com obras mediúnicas, as pessoas se questionam: com qual objetivo os artistas produziriam obras, mantendo semelhança com o estilo marcou sua pesença na Terra? Seria uma forma de "exibicionismo" do médium ou do artista? Outros, pousam olhar crítico sobre as obras, analisando suas características de acordo com o conhecimento acadêmico sobre o artista e sua produção. Certamente, se a espiritualidade, mobiliza tantos recursos para materializar obras de arte (pintura, música ou literatura) idealizadas no plano espiritual, há objetivos maiores que agradar os olhos dos leigos e impressionar os intelectuais. Vamos destacar alguns pontos importantes:
 
  • Em relação à mudança ou não de estilo do artista, vejamos essa mensagem extraída do site "pintura mediúnica" Obviamente, os quadros, telas e obras que perpassam as realidades e se concretizam, não carregam as exatas intenções e técnicas de seus artistas. Estes também evoluíram, ascenderam a planos de compreensão da arte infinitamente maiores do que percebiam quando ainda encarnados. Mas o estilo deles marcou a civilização e, mesmo hoje, é-lhes penoso, de certa forma, voltar a executar algo que já transcenderam. O fazem, pois a finalidade agora é terapêutica e milhares de irmãos se beneficiam com cada traço, cada gota de tinta, cada mesclagem – verdadeiras explosões de energia pura. Considerem também a inviabilidade de materiais para a produção das obras mediúnicas e tenham em mesma proporção os liames do tempo.
  • Um objetivo importante destas manifestações é a terapêutica transcendente, o processo de cura profunda, , proporcionada pelas energias que impregnam as obras, e emanam para o ambiente e para  as pessoas. São luzes espirituais, ondas sonoras de harmonia preparadas para impactar emocionalmente, fisicamente, espiritualmente promovendo a elevação e a harmonização abrangente.  Veja em outro trecho de mensagem desse mesmo site, a visão de um espírito sobre o sentido da cura que tento expressar aqui.  "Cura. Uma palavra tão curta para um efeito tão grandioso que atravessa os tênues limites entre o corpo e a alma, transpassa dimensões, perfura a própria tessitura do tempo e do espaço, atravessa distâncias cósmicas inimagináveis para chegar a quem dela necessita. O universo, como uma infinita rede interligada carrega as energias benfazejas de equilíbrio, regeneração, reestruturação, força e saúde plena."
  • A arte, de modo geral, se comunica conosco por canais mais profundos. Incomoda, encanta, emociona, desperta lembranças, transcende. Seja um quadro, poema ou música, passa para nossa alma pelos  caminhos do inconsciente, por metáforas. A arte é a possibilidade de, dentro da mesmice cotidiana, enxergar luzes, palavras, sons e cores. Uma experiência estética, lúdica e sensível. Nos humaniza.  Junte-se à boa arte terrena os componentes de cura destacados acima, em se tratando de arte mediúnica. Percebe como está distante de tudo isso a pessoa que busca apenas uma análise da obra em si mesma, dentro dos moldes acadêmicos?
  • É importante considerar que um objetivo da arte mediúnica é atestar a sobrevivência da individualidade após a morte do corpo. Observe  o processo de produção das obras. Sem a ação espiritual é possível, por exemplo, a uma pessoa sem formação musical compor 400 obras musicais inéditas em estilos muito semelhantes a mais de 100 autores? Uma menina de 15 anos pintar em um ou duas horas 20 quadros, de diferentes estilos? Um homem pintar paisagens e rostos com cores perfeitamente harmônicas na escuridão ambiente? Enfim, muitas são as evidências que s a qualidade das obras não agrada alguns entendidos, ao menos o fenômeno deveria chamar -lhe a atenção para a realidade de que somos espíritos eternos.
  • Algumas vezes achamos que fenômenos não são mais necessários. Porém, é importante considerar que fenômenos de ordem superior são tão necessários que nunca deixaram de existir. Nossa perspectiva materialista ocidental ignora, desdenha ou nega toda a experiência transcendente.  Há um notório preconceito em relação às manifestações espirituais por parte de muitos cientistas e intelectuais. Felizmente essa realidade está aos poucos se modificando na medida em que surgem pesquisas abordando a espiritualidade em diversas universisdades renomadas, especialmente no Brasil. Mas à revelia da vontade humana os fenômenos continuam beneficiando  aqueles que se dispõe a explorar horizontes mais largos . Voar em direção a novas luzes, compreender a vida de modo mais abrangente é apenas uma escolha. Que modifica sua vida para sempre.
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Essa composição foi recebida pela médium Rosemary Brown e tocada pela primeira vez pela Mlle. De Davans à Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas em abril de 1859, coordenada, na época, por Allan Kardec. De Davans foi aluna de Frédéric Chopin. Aqui, tocada lindamente por Érico Bonfim, jovem músico que realiza pesquisas sobre a médium.


Abaixo, pintura de Florêncio Anton com os pés

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